Professor Doutor Silvério

Blog: "Comportamento Crítico"

Professor Doutor Silvério

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)

Sites na Internet – Doutor Silvério

1- Site: www.doutorsilverio.com

2- Blog 1 “Ser Escritor”: http://www.doutorsilverio.blogspot.com.br

3- Blog 2 “Comportamento Crítico”: http://www.doutorsilverio42.blogspot.com.br

4- Blog 3 “Uma boa idéia! Uma grande viagem!”: http://www.doutorsilverio51.blogspot.com.br

5- Blog 4 “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

https://livroograndesegredo.blogspot.com/

6- Perfil no Face Book “Silvério Oliveira”: https://www.facebook.com/silverio.oliveira.10?ref=tn_tnmn

7- Página no Face Book “Dr. Silvério”: https://www.facebook.com/drsilveriodacostaoliveira

8- Página no Face Book “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

https://www.facebook.com/O-Grande-Segredo-A-hist%C3%B3ria-n%C3%A3o-contada-do-Brasil-343302726132310/?modal=admin_todo_tour

9- Página de compra dos livros de Silvério: http://www.clubedeautores.com.br/authors/82973

10- Página no You Tube: http://www.youtube.com/user/drsilverio

11- Currículo na plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8416787875430721

12- Email: doutorsilveriooliveira@gmail.com


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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Parafuso humano

Por: Silvério da Costa Oliveira.

Na vida, sair de um ponto e chegar a outro requer objetivos e por sua vez, a formulação de objetivos é um sinal de inteligência e criatividade. Para se obter sucesso nesta nossa vida é preciso traçar um rumo a seguir, ter um direcionamento que nos proporcione sentido e significado para nossa singular existência. Traçar objetivos na vida de modo correto é algo que demanda que saibamos de onde viemos, onde estamos agora e para onde vamos a seguir. Este caminhar por um caminho previamente escolhido em direção a uma dada meta é também uma demonstração de sanidade mental, pois, pessoas mentalmente doentes têm dificuldades em traçar e seguir um rumo satisfatório para suas vidas, de modo construtivo para si próprias e o social e não de modo destrutivo.
Há, no entanto, pessoas doentes e que requerem tratamento e orientação em suas vidas, pois, apesar de saírem de determinado ponto, não chegam a lugar algum. Tais pessoas parecem que andam em círculos e retornam sempre ao mesmo ponto, sem de fato apresentarem progresso visível, elas mais parecem um parafuso se prendendo a um mesmo ponto e tornando-se cada vez mais preso a cada nova volta, giram e giram, mas não saem do mesmo lugar.


Um parafuso humano é o que de fato são, muitas vezes em decorrência de um comportamento doentio ou de um quadro clínico não devidamente tratado, como no caso, por exemplo, do transtorno obsessivo compulsivo – TOC (conhecido em Psicanálise por neurose obsessiva compulsiva). Algumas pessoas de fato andam em parafuso, vão para frente e voltam para trás, não chegando a ponto algum. A solução seria se tratarem, buscando orientação e ajuda profissional de alguém competente na área específica de seu problema e que tenha demonstrado resultados positivos no tratamento e orientação de outros casos similares, no entanto, muitas vezes, se algum amigo ou meramente conhecido arrisca-se a apontar esta falha em sua vida não vivida, insistindo na necessidade de ajuda profissional, mais não consegue além de um rumoroso rompimento de relações. Parece que todos percebem que a pessoa em questão, por mais virtudes que possa ter, não vai realmente para frente na vida, menos a própria pessoa em questão.
Quando as pessoas entram em parafuso sua vida fica deveras confusa e cria-se a aparência mais do que real de que tudo está girando e que as mesmas coisas estão se repetindo em nossas vidas, na seqüência constatamos que nossa atividade profissional, nosso trabalho, passa a ser, também, prejudicado, pois, ou não evoluímos ou perdemos o emprego, não conseguimos crescer profissionalmente por mais competentes que possamos ser. Também nos estudos a vida não segue adiante, se por determinação, sorte ou oportunidade conseguimos a muito custo concluir o ensino básico (no Brasil é a soma da educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio) ou mesmo um curso superior, no entanto, daí para frente nada mais se consegue. Pode, no entanto, parar ainda no ensino médio ou ao chegar ao ensino de nível superior ficar trocando de faculdade ou adiando infinitamente a conclusão do curso ou a apresentação de seu trabalho de conclusão de curso – TCC (uma monografia), não obtendo o diploma. Pode também concluir esta etapa, sabe-se lá por qual milagre, e até se matricular mais cedo do que outros alunos em cursos de pós-graduação, como, por exemplo, mestrado em alguma coisa, e mesmo, alardear para todos os colegas e amigos sobre a possibilidade de cursar esta pós-graduação, este mestrado, este MBA, e, no entanto, não conseguir ela própria concluir o curso, talvez por buscar uma perfeição doentia e inexistente fora de sua louca fantasia.
Em determinado momento as amizades também são atingidas e por mais duradouras que estas possam ser, tendem a sucumbir ao efeito parafuso que abarca toda a vida desta pessoa, que, tal qual um redemoinho no oceano, faz naufragar qualquer embarcação, não permitindo que coisa alguma viva ali consiga obter um direcionamento que não seja sucumbir à força do redemoinho sendo levado para o fundo, bem fundo, de onde nunca sairá. As amizades começam a naufragar, uma a uma, e a pessoa mais do que doente continua a aceitar condicionalmente suas amizades novas e antigas. Sinal visível de tal comportamento doentio é tornar os relacionamentos afetivos explicitamente condicionais ao efeito parafuso e quem não aceitar será cuspido fora, aliás, devo frisar que verdadeiros amigos não aceitam uma amizade condicional vinculada a algo doentio que torna uma vida em parafuso.


Mesmo profissionais da área de saúde não estão livres de verem suas vidas embarcarem em um redemoinho revolto, de não irem para frente nem para trás, presas a um movimento rotacional que as mantêm cada vez mais presas onde estão. A solução, por vezes difícil de aceitar, difícil a ponto de romper amizades com quem insistir neste ponto, é com certeza a busca de ajuda e orientação profissional. Cabe a pessoa não meramente entender seu problema, mas fazer algo enfaticamente para mudar, logo, precisa de uma abordagem mais intervencionista, menos voltada unicamente ao autoconhecimento de sua patologia e mais voltada para a mudança de comportamento e cognição. O fato de alguém ser da área de saúde não lhe impede de tentar elaborar mais certas coisas com acompanhamento de um colega especialista em mudança de comportamento, afinal, médicos, psicólogos e demais profissionais que tratam de outros também adoecem e precisam a sua vez serem também cuidados.
Tais pessoas em parafuso, com seu comportamento desproporcional aos fatos vividos, chegam a deixarem chateadas e preocupadas as pessoas com as quais convivem, isto é, se estas de fato se importam em algum nível com a que está em parafuso. Claro está que o caminho não é este e a pessoa deveria observar e ver bem o que está fazendo com a vida, com sua própria e única vida, desperdiçada inutilmente. Cuidado com os exageros, pois, é importante manter um comportamento adequado aos fatos vividos, pense bem no caminho que está trilhando em sua vida. Caberia aqui pensar, dedicando uns bons momentos para refletir sobre a vida e os rumos que você está dando a ela.
Quando falo em parafuso, talvez algumas pessoas pensem que a pessoa em questão está “pirando”, o que vulgarmente falando não fugiria da realidade. Quando a vida está em parafuso, abre-se espaço cada vez maior para uma depressão violenta ou mesmo suicídio, além da pessoa poder caminhar nas águas do transtorno obsessivo compulsivo – TOC (neurose obsessiva compulsiva, para os psicanalistas), da psicose paranóica ou simplesmente paranóia, do transtorno ou síndrome do pânico, dentre outros quadros clínicos que podem aqui estar presente em maior ou menor escala.
Na seqüência, bem pode demonstrar comportamento agressivo, como o de um animal feroz quando acuado e passar a atacar todos aqueles que estão próximos, seja proximidade física ou emocional, pois, é preferível enxergar o problema em outro do que em nós próprios e assim a pessoa continua em parafuso, não chegando a lugar algum e perdendo aos poucos suas verdadeiras amizades, ficando só, isolada e mau-humorada acreditando que tudo está girando loucamente ao seu redor, quando de fato é ela própria que gira e não tudo o mais, mas, vá tentar contar ao parafuso que é ele próprio que está girando e não tudo o mais, isto fere a sua percepção e tende a não ser aceito como verdade.
Buscando fugir dos comentários dos amigos e conhecidos que apontam seu comportamento irracional e a querem salvar do redemoinho pode muito bem o parafuso humano valer-se de argumentos que questionem a raiz da veracidade da observação das outras pessoas e dos fatos narrados e apontados cruamente, preferindo afirmar que a verdade é relativa, no entanto, a verdade não é relativa, isto é mero engodo para prejudicar a humanidade.
Com um comportamento continuamente desproporcional aos fatos, cada vez mais afunda em seu próprio redemoinho, emocionalmente longe dos chamados preocupantes dos amigos e conhecidos estarrecidos diante de tal crueldade auto-imposta e aparentemente aceita incondicionalmente. Tais parafusos humanos precisam fazer tratamento psicoterápico e uma sugestão possível seria a abordagem comportamental cognitiva, tais pessoas precisam tocar sua vida para frente e não ficar em parafuso, como estão agora e sempre, constantemente em tudo o que tentam fazer e não conseguem.

Pergunta: Você é ou conhece algum parafuso humano? O que você diria para ajudar ou o que você pensa sobre o assunto?

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.
(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

3 comentários:

  1. Prof., que texto maravilhoso!!! Conheço muitos parafusos humanos, eu mesma as vezes me vejo como um parafuso, rodando em volta de um mesmo problema, reclamando e não percebendo que a solução está fora da "rosca", rs...
    Somos todos fadados aos problemas, o que nos faz seguir em direção a solução é o "olhar", o "ponto-de-vista", se abrirmos a mente para outras coisas, outras opniões, outros olhares, com certeza deixamos de girar em torno de nós mesmo e passamos a girar em espirar ascendente para o mundo!!! De dentro para fora!!! Amei!!! bjs

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  2. Grande mestre,

    Pior ainda são as pessoas 'prego', que insistem em permanecerem fincadas em seu acômodo, e quando indagadas sobre isso, sentem como se uma grande marreta as atingisse, enfiando-as cada vez mais no único buraco existencial que possuem.

    Enfim, como dito no popular: "Prego só leva na cabeça.".

    PS.: Já vi, em determinadas casas, o resultado de alguns pedreiros (ou assistentes) preguiçosos, que em vez de girarem os parafusos, simplesmente os martelam, deixando somente sua cabecinha 'de fora'.

    Qual seria a crise de identidade sofrida por um parafuso que é tratado como prego?

    Abraço! :)

    www.cleorbete.com

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  3. Amei o texto, parabéns, arrasou!
    O Sr perguntou o que eu diria para alguém nessa situação. Eu diria que "quando você nao está feliz é preciso ser forte para mudar, o fraco nao vai a lugar algum".
    Tenha uma semana produtiva!
    Grande abraço,
    Dulce Maria.

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