Por: Silvério da Costa Oliveira.
A filosofia é a
busca do saber e do conhecimento verdadeiro por meio da reflexão racional e
crítica, a elaboração de conceitos, com o uso do discurso escrito e falado, bem
como por meio do debate e diálogo em bases críticas e racionais, sem a presença
de dogmas inquestionáveis ou do recurso à autoridade.
Podemos dividir
a palavra em “filo” (philos) e “sofia” (sophia). Sua origem se dá na
antiguidade grega, sendo que a primeira parte da palavra significa “amizade,
amor fraterno” e a segunda “sabedoria”, teríamos algo como o “amigo (ou amante)
da sabedoria”. A tradição confere a Pitágoras de Samos (século VI a. C.) a
criação da palavra.
Ao entendermos
corretamente a filosofia como algo que surgiu e se desenvolveu na Grécia antiga
e cujo modelo adotado faz da razão o principal instrumento e guia, não há como
sair do discurso racional para aqui incluir o discurso mítico ou religioso. O
que ocorreu e ainda ocorre hoje em outras partes do planeta, seja no oriente ou
na Ásia da Antiguidade, por exemplo, pode, sim, ser considerado uma forma de
sabedoria, valores e conhecimento dignificante para o desenvolvimento cultural
humano, mas não é filosofia e seria errado afirmar ou nomear tais coisas como
filosofia. O mesmo vale para o acréscimo de dogmas e histórias religiosas que
tenham a predominância do status de serem verdadeiras em detrimento de qualquer
outro conhecimento, por serem palavra revelada por um deus ou divindade
qualquer. Por maior que seja o respeito e importância que possamos dar às
diversas religiões e seus escritos sagrados, sejam estes o Corão ou a Bíblia,
ou qualquer outro, isto não é pensar crítica e racionalmente e, portanto, não é
filosofia, ou se o é, se faz com algo estranho e não pertencente a mesma.
Subordinar a
discussão filosófica a uma ideologia que prometa um paraíso na Terra e que, no
entanto, se mostre como uma religião com dogmas e crenças, mas sem um deus
transcendente, também não é filosofia ou, se algo houver ali de filosofia, há
também a presença de algo estranho a mesma, algo que é priorizado antes de
qualquer discussão ou debate racional por ser entendido desde o início como a
verdade, mesmo que não confessada francamente.
Ser filósofo é
ser crítico de tudo por meio do uso da razão, não se curvando a autoridade,
seja esta qual for. Nenhuma autoridade, religião, dogma ou ideologia pode se
sobrepor ao discurso racional, ao que nossa capacidade de raciocinar de modo
crítico nos diz. Sócrates foi convidado a beber cicuta (um veneno), Giordano
Bruno foi queimado vivo em praça pública, já Aristóteles preferiu sair da
cidade para não ter o mesmo destino de Sócrates. Morrer ou fugir, mas não se
render aos ditames da maioria que vive dentro da caverna de Platão. Cabe ao
filósofo insistir em apontar os erros e buscar de modo racional a verdade.
Silvério da Costa Oliveira.
Prof. Dr. Silvério da Costa
Oliveira.
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