Professor Doutor Silvério

Blog: "Comportamento Crítico"

Professor Doutor Silvério

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)

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terça-feira, 2 de setembro de 2025

A História da Maçonaria: Do Templo de Salomão aos Dias Atuais

 

Por: Silvério da Costa Oliveira.

 

Maçonaria

 

1- Introdução

 

A Maçonaria é uma das instituições mais antigas e enigmáticas da história, frequentemente envolta em mistérios, símbolos e narrativas que despertam curiosidade. Embora associada a segredos e rituais, sua essência é filosófica, filantrópica e iniciática, buscando o aperfeiçoamento do indivíduo e da sociedade. Este artigo explora a trajetória da Maçonaria, desde suas origens lendárias no Templo de Salomão, passando pelas guildas medievais, o marco do Grande Incêndio de Londres, até sua relevância no mundo contemporâneo. Vamos desmistificar mitos, destacar sua influência histórica e filosófica e entender como a Maçonaria se mantém viva no século XXI.

 

2- As Origens Lendárias: O Templo de Salomão

 

A narrativa tradicional da Maçonaria remonta ao Templo de Salomão, construído por volta do século X a.C. em Jerusalém. Segundo a tradição maçônica, a construção do templo, liderada pelo rei Salomão e pelo arquiteto Hiram Abiff, simboliza os ideais de ordem, harmonia e trabalho coletivo. Essa história é mais simbólica do que factual, servindo como uma metáfora para os valores da Maçonaria, como a busca pela perfeição moral e intelectual. O Templo de Salomão representa a fundação espiritual da ordem, com seus rituais e símbolos inspirados nas ferramentas dos pedreiros, como o compasso (equilíbrio) e o esquadro (retidão).


 

Para começar, a Maçonaria tem suas raízes simbólicas na construção do Templo de Salomão, uma das grandes obras da antiguidade, considerada um símbolo da busca pelo conhecimento e pela perfeição. Dois discípulos do mestre construtor, chamados Jakin e Boaz, deram nome às famosas colunas que guardavam a entrada do templo. A história conta que o mestre construtor Hiram Abiff foi assassinado por três aprendizes que queriam forçá-lo a revelar os segredos da construção. Esse episódio é fundamental para o ritual e a filosofia maçônica, representando a luta do homem pela verdade, superação e transformação interior.

Embora não haja evidências históricas de que a Maçonaria como instituição existisse na Antiguidade, essa narrativa lendária conecta a ordem a uma tradição de conhecimento e fraternidade, transmitida por séculos como uma herança simbólica.

 

3- As Guildas Medievais: A Maçonaria Operativa

 

Na Idade Média, entre os séculos XIII e XVI, a Maçonaria operativa floresceu na Europa, especialmente na construção de catedrais góticas, como Notre-Dame e Chartres. Os maçons operativos eram artesãos especializados na cantaria, trabalhando com pedra para erguer monumentos grandiosos. Esses profissionais se organizavam em guildas, conhecidas como "lojas", que protegiam seus conhecimentos técnicos e regulavam a profissão.

As guildas de pedreiros eram mais do que associações profissionais; elas cultivavam valores éticos, como a honestidade e o compromisso com a excelência. Essas organizações tinham rituais próprios, juramentos de sigilo para proteger os segredos do ofício e uma forte camaradagem. A palavra "loja" deriva dessas reuniões, e o termo "guilda" reflete a estrutura associativa que unia os artesãos. Esses elementos foram fundamentais para a transição da Maçonaria operativa para a especulativa, que surgiria séculos depois.

 

4- O Grande Incêndio de Londres e a Transição para a Maçonaria Especulativa

 

Em 1666, o Grande Incêndio de Londres devastou a cidade, destruindo milhares de construções. A reconstrução exigiu um esforço monumental, liderado por arquitetos e pedreiros, muitos dos quais pertenciam às guildas de maçons. Esse período marcou uma mudança significativa: as guildas começaram a admitir membros que não eram artesãos, mas intelectuais, nobres e pensadores, atraídos pelos ideais de fraternidade e progresso.

Essa transição culminou em 1717, com a fundação da Grande Loja de Londres, considerada o marco da Maçonaria especulativa. Diferentemente da Maçonaria operativa, focada na construção física, a especulativa enfatizava o desenvolvimento moral e intelectual, usando os símbolos da cantaria (como o compasso e o esquadro) para ensinar lições filosóficas. Figuras como John Theophilus Desaguliers e James Anderson foram fundamentais nesse processo, redigindo a primeira constituição maçônica, que estabeleceu os princípios da ordem moderna e influenciou a criação de democracias baseadas em direitos e liberdades.

 

5- A Maçonaria e a História: Influência nas Revoluções

 

A Maçonaria teve um papel significativo em eventos históricos que moldaram o mundo. Durante o Renascimento (séculos XIV a XVI), os ideais maçônicos de busca pelo conhecimento e progresso ecoaram o espírito humanista da época. No século XVIII, a Maçonaria se alinhou ao Iluminismo, promovendo valores como liberdade, igualdade e fraternidade, que inspiraram revoluções e mudanças sociais.

Revolução Americana (1776): Muitos dos "pais fundadores" dos Estados Unidos, como Benjamin Franklin e George Washington, eram maçons. Os ideais de liberdade e autogoverno, centrais à independência americana, refletiam os princípios maçônicos de justiça e igualdade.

Revolução Francesa (1789): A Maçonaria influenciou pensadores iluministas como Voltaire e Montesquieu, que frequentavam lojas maçônicas. Embora a ordem não tenha organizado diretamente a revolução, seus ideais de fraternidade e igualdade permeavam os debates da época.

Independência do Brasil (1822): Maçons como José Bonifácio de Andrada e Silva, conhecido como o "Patriarca da Independência", desempenharam papéis cruciais na emancipação brasileira. As lojas maçônicas serviam como espaços de discussão política, fomentando ideias de soberania.

Proclamação da República no Brasil (1889): Figuras como Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant, ambos maçons, lideraram o movimento que derrubou a monarquia, consolidando a república com base em princípios de liberdade e progresso.

Esses eventos ilustram como a Maçonaria, por meio de suas redes de influência e ideais filosóficos, contribuiu para transformações políticas e sociais em escala global.

 

6- Filosofia Maçônica: Liberdade, Igualdade e Fraternidade

 

A Maçonaria é, em essência, uma instituição filosófica. Seus ensinamentos se conectam aos ideais iluministas, promovendo a busca pelo conhecimento, a ética e a moral. O conceito de "Grande Arquiteto do Universo" reflete uma visão teísta que acolhe diferentes crenças religiosas, unindo membros em torno de valores universais. Os rituais maçônicos, embora envoltos em simbolismo, são ferramentas pedagógicas que incentivam a introspecção e o crescimento pessoal.

Os símbolos maçônicos, como o compasso (equilíbrio entre o material e o espiritual) e o esquadro (retidão moral), são centrais para a filosofia da ordem. Esses símbolos inspiram os maçons a refletirem sobre sua conduta e a contribuírem para uma sociedade mais justa. A Maçonaria também valoriza a educação, enxergando o conhecimento como o caminho para o progresso humano.

 

7- Desmistificando a Maçonaria: Mentiras e Verdades

 

A Maçonaria é frequentemente alvo de mitos e teorias conspiratórias, como a ideia de que seria uma sociedade secreta com intenções obscuras. Na realidade, a Maçonaria é uma sociedade discreta, não secreta, com rituais que simbolizam a jornada de autoconhecimento. O famoso "bode" é uma piada popular, sem qualquer base nos rituais maçônicos, usada para desmistificar rumores infundados.

Outro equívoco comum é associar a Maçonaria a uma organização política ou religiosa. Embora maçons tenham influenciado eventos históricos, a ordem não tem uma agenda política unificada, e sua concepção teísta permite a convivência de diferentes crenças. Seu objetivo é promover o aperfeiçoamento individual e coletivo, não o controle de instituições.

 

8- A Maçonaria e a Educação

 

A educação é um pilar fundamental da Maçonaria. Historicamente, maçons estiveram envolvidos na criação de escolas, universidades e bibliotecas, refletindo a crença de que o conhecimento é essencial para o progresso. No Brasil, por exemplo, maçons como José Bonifácio defendiam a educação como ferramenta de emancipação. Hoje, muitas lojas maçônicas mundo afora apoiam projetos educacionais, bolsas de estudo e iniciativas de alfabetização, mantendo viva essa tradição.

 

9- Maçonaria Contemporânea: Desafios e Contribuições

 

No século XXI, a Maçonaria enfrenta o desafio de se adaptar a um mundo digital e globalizado. Embora mantenha seus rituais e tradições, a ordem busca atrair novas gerações, promovendo diversidade e inclusão. No mundo, as lojas maçônicas continuam ativas em projetos filantrópicos, como apoio a comunidades carentes, construção de hospitais e ações humanitárias.

A Maçonaria também enfrenta o desafio de desmistificar sua imagem pública, combatendo estereótipos e esclarecendo seu papel como uma instituição voltada para o bem comum. No Brasil, por exemplo, lojas maçônicas têm se engajado em causas sociais, como doações para vítimas de desastres naturais e programas de apoio à infância.

 

10- Conclusão

 

A Maçonaria é muito mais do que uma sociedade envolta em mistérios. Desde suas origens lendárias no Templo de Salomão até sua consolidação como uma instituição filosófica e filantrópica, a Maçonaria moldou a história por meio de seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Das guildas medievais ao impacto nas revoluções modernas, a ordem influenciou eventos que transformaram o mundo. Hoje, a Maçonaria permanece relevante, promovendo educação, filantropia e reflexão ética em um mundo em constante mudança.

Se você deseja saber mais sobre a Maçonaria, seus símbolos ou sua história, explore os recursos disponíveis em blogs como "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico", além do nosso site  (https://www.doutorsilverio.com), onde artigos e materiais adicionais oferecem uma visão mais profunda sobre essa fascinante instituição.

 

Silvério da Costa Oliveira.

 


 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

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