Professor Doutor Silvério

Blog: "Comportamento Crítico"

Professor Doutor Silvério

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)

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1- Site: www.doutorsilverio.com

2- Blog 1 “Ser Escritor”: http://www.doutorsilverio.blogspot.com.br

3- Blog 2 “Comportamento Crítico”: http://www.doutorsilverio42.blogspot.com.br

4- Blog 3 “Uma boa idéia! Uma grande viagem!”: http://www.doutorsilverio51.blogspot.com.br

5- Blog 4 “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

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6- Perfil no Face Book “Silvério Oliveira”: https://www.facebook.com/silverio.oliveira.10?ref=tn_tnmn

7- Página no Face Book “Dr. Silvério”: https://www.facebook.com/drsilveriodacostaoliveira

8- Página no Face Book “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

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domingo, 31 de janeiro de 2021

Thomas Hobbes: A formação da sociedade civil, o Leviatã, o medo, o poder e a liberdade

 Por: Silvério da Costa Oliveira.

 Ao nos depararmos com a necessidade de expor e explicitar as ideias de um determinado autor, de um pensador, cabe sempre dividir em principais tópicos suas ideias, teorias e pensamentos. Nesta divisão, independente de quem seja o pensador, o primeiro tópico sempre há de ser o biográfico, se bem que alguns autores, e mesmo filósofos como aqui é o caso, tenham uma vida mais rica em aventuras interessantes de serem narradas enquanto outros tenham uma vida mais recatada e sem grandes oscilações. No caso de Hobbes sua vida é interessante, suas viagens pela Europa, seu convívio com personalidades célebres da época em que viveu, sua defesa do absolutismo monárquico em um momento histórico no qual tal tese tinha consequências políticas consideráveis e diversas outras situações mais que poderiam facilmente gerar um filme ou livro biográfico deveras interessante para o público em geral, mas não será esta a abordagem deste artigo e trataremos em linhas gerais a sua biografia, somente assinalando que sua vida foi vivida de modo deveras instigante. Após as considerações biográficas, cabe propor alguma divisão que abarque o todo da obra do autor, neste nosso caso, penso que Hobbes deva ser coerentemente dividido em mais três tópicos importantes, a saber: metafísica, estado de natureza e sociedade civil. Comecemos, portanto, a comentar cada um destes quatro pontos.

Thomas Hobbes (1588-1679) nasceu no dia 5 de abril de 1588 e veio a falecer, então com 91 anos de idade, em 4 de dezembro de 1679. É conhecido por ser o autor dos livros “De Civi” (Do cidadão ou Elementos da lei natural e política), de 1642, “Leviathan” (Leviatã), de 1651, “De corpore” (O corpo), de 1655, “De homine” (O homem), de 1658. Teve contato com vários pensadores eminentes na Europa, em particular na França e Itália, aos quais cabe destacar Descartes e Galileu Galilei. Desenvolveu o gosto pelas matemáticas, em particular a álgebra, e também pelas ideias mecanicistas. Esteve sempre em convívio próximo e de amizade com a nobreza e família real inglesa, trabalhou como professor e empreendeu viagens a Europa a par com filhos da realeza, incluso o posterior rei da Inglaterra, Carlos II.


 

Ao pensarmos a metafísica em Hobbes devemos entender por metafísica a forma como o autor desenvolve sua teoria e argumentação sobre pontos importantes relacionados a Deus, a alma, ao pensamento, a natureza e a formação de tudo que compõe a nossa realidade. Neste caso, Hobbes irá propor que tudo é formado por corpos e movimento constante.

Hobbes se mostra como mecanicista, materialista e empirista em sua obra. Segundo Hobbes em um plano metafísico toda a realidade é corpórea, incluso o pensamento e outras manifestações similares e o movimento é quem explica tudo que acontece. Como Hobbes não admite outra realidade se não a corpórea, este entende o pensamento como também corpóreo, mas de um modo mais sutil. Tudo o que existe é o que percebo por meio de meus sentidos e é isto que forma toda a realidade. Não há substância alguma que seja incorpórea e mesmo Deus é corpóreo, podemos ter, no entanto, substâncias mais sutis como no caso o pensamento, mas mesmo assim continuariam a possuir corporeidade.

Toda a realidade existente é composta por corpos e movimento. Ele adota a ideia de que um corpo em movimento irá continuar até ser interrompido por outro e um corpo parado em estado de inércia também irá permanecer como tal até ser por outro interrompido na sua inercia colocando-se também em movimento, deste modo, não cabe falar em “primeiro motor” como era comum na Escolástica e em Aristóteles. O conceito de movimento e também a ideia de corpos se baseia em uma concepção mecanicista da natureza.

Não existem ideias inatas e todo o conhecimento que possuímos provém de nossos sentidos e da percepção que temos por meio da experiência, o que vem a caracterizar Hobbes como empirista, se bem que não faça uso do método indutivo proposto por Bacon e prefira a dedução, tal como proposta por Galileu Galilei e Descartes. Também busca uma explicação mecânica e matemática para tudo, inclusive fazendo uso da ideia de que tudo é composto por corpos (o que nos lembra da antiga teoria dos átomos) e movimento.

Antes do pacto formado pelos seres humanos, pacto este que irá formar a nossa sociedade, temos o estado de natureza no qual não temos ainda os principais temas relacionados ao Estado (pensemos em Hegel) e a sociedade civil. Não há como falar em bom ou mal, pois tais conceitos estão vinculados à formação de uma moral, de uma religião, de leis, da instituição de alguém com plenos poderes para governar, pontos estes que só surgirão após o pacto. Cabe analisar, então, como era antes deste pacto e o que levou as pessoas a escolherem firmar o contrato social.

O título do livro “Leviatã” faz alusão a uma criatura mítica, que surge dentre outros lugares na Bíblia (Livro de Jó, capítulo 40 e 41) e representa um monstro em forma de uma gigante serpente marinha toda poderosa que visa a proteger as demais criaturas marinhas. Como metáfora, sugere pelo título que o monarca é o leviatã todo poderoso que governa e protege seus súditos. Neste livro Hobbes irá nos falar do estado de natureza no qual se encontrariam os seres humanos antes da criação da sociedade civil e do contrato social que fundou esta sociedade. Hobbes, portanto, passa a ser deste modo o primeiro filósofo a propor a ideia segundo a qual haveria um contrato social na base da formação de nossa sociedade civil e, portanto, passa a ser considerado hoje como um dos filósofos contratualistas.

No Leviatã, Hobbes apresenta o ser humano como uma criatura egoísta, egocêntrica e insegura. No estado de natureza não possui leis ou limites a não ser as limitações de sua própria força e esperteza diante da de outro, também não cabe falar na presença de um conceito de justiça. Em estado de natureza segue-se o predomínio das paixões e da busca por atender aos seus próprios desejos, para frear um pouco a isto temos somente a razão natural.

No estado de natureza não é cabível falar em “propriedade” e sim somente em “posse”, pois não há leis que garantam a legitimidade do que se possui e sua transferência para herdeiros. Só temos algo enquanto fazemos usufruto e exercemos a posse deste algo, quando em estado de natureza.

No estado de natureza somos totalmente livres e senhores de nossa própria lei. Não é possível falar que o humano seja mau ou bom em estado de natureza, pois, este antecede as leis, a moral e a religião. Em estado de natureza buscamos para nós o que queremos e necessitamos e defendemos nosso bem mais precioso que é a vida.

Em estado de natureza podemos ter o uso de uma razão natural que nos diga como nos comportar socialmente, mas sem a força presente em uma sociedade civil governada pelo contrato, qualquer tentativa racional de adotar um comportamento guiado pelo entendimento tornaria quem assim o fizesse, unilateralmente, uma presa fácil dos demais.

Aristóteles propôs que o ser humano é um animal político por natureza, mas Hobbes vê nisto um erro pelo desconhecimento ou estudo pouco aprofundado da real natureza humana. Segundo Hobbes o ser humano há de preferir viver em estado de natureza do que em sociedade, pois sua liberdade e poder é maior em estado de natureza e para viver em sociedade tem de abdicar de parte de sua liberdade e poder, no entanto, escolhe viver em sociedade e celebra em algum momento hipotético e não necessariamente real e histórico, um contrato social.

Segundo o pensamento de Hobbes sobre o estado de natureza, neste haveria a guerra de todos contra todos, daí a necessidade da sociedade ordenada e da formação do Estado. Ainda segundo Hobbes, o homem é o lobo do homem, “homo homini lúpus”.

Na ausência de leis e de um Estado forte, temos as constantes disputas e impera a discórdia entre as pessoas, temos a constante competição pela obtenção dos recursos limitados destinados a sobrevivência, inveja, disputa, desconfiança e medo. É o estado de guerra de todos contra todos que temos presente no estado de natureza e que só vem a ser modificado pela formação da sociedade civil, do Estado, no qual obtemos segurança e paz, podendo desenvolver todo nosso potencial, seja nas artes ou na produção literária, por exemplo.

Para que haja paz entre as pessoas é necessário sair do estado de natureza e formar a sociedade civil cedendo parte de nossas liberdades, todos se submetendo a um único poder absoluto e centralizado.

Deste modo, teoriza a ideia do contrato social, pelo qual o homem individual abdica ao seu direito natural em prol de um poder soberano, obrigando-se a obedecer às determinações provenientes deste poder e deste modo constituindo a sociedade civil.

O povo pode abdicar de sua liberdade dentro do estado de natureza em prol de si próprio e aí teremos a democracia, pode abdicar em prol de um grupo seleto e aí teremos um governo regido por uma assembleia e pode abdicar em prol de uma única pessoa e aí teremos o soberano, monarca com poder absoluto e é a este último que Hobbes vem a priorizar como sendo o melhor governo.

Cada qual renuncia a sua liberdade em favor do Estado/soberano, estando este fora do contrato, resultando deste modo ao soberano/Estado um poder absoluto e ilimitado, o que é necessário para suprimir os egoísmos individuais, cessar a guerra de todos contra todos e formar uma unidade que podemos chamar de povo. Por tal pensamento, Hobbes vem a se tornar o pensador defensor de um absolutismo monárquico. Apesar de eu estar aqui fazendo uso da palavra “Estado” e de seu sentido estar correto dentro da teoria de Hobbes, cabe, no entanto, destacar que esta expressão só vem de fato a surgir posteriormente com o pensamento de Hegel.

O maior medo que temos é de perder este bem mais precioso, a vida, e é a partir deste medo que o humano se junta a outras pessoas e do somatório de todas estas liberdades individuais irá surgir à sociedade civil, na qual todos fazem um pacto pelo qual abdicam parte de sua liberdade em virtude do medo que sentem, e da esperança de por tal pacto preservarem sua segurança. Neste momento surge o contrato social.

Pelo contrato social o povo cede seu poder e liberdade para o monarca, reconhecendo neste seu soberano com poderes ilimitados. O contrato uma vez firmado não pode ser revisto ou quebrado. Por meio do contrato social busca-se sair do estado de natureza e alcançar-se a paz e a ordem no convívio com outras pessoas.

Este pacto feito entre todos, menos ao soberano que receberá os poderes dele resultante e continua livre para usufruir sem freio de todo o poder, se dá pelo medo.

Também entende que a religião e o Estado civil são duas coisas diferentes e que a religião deve obediência em primeiro lugar ao soberano do Estado e não a qualquer líder religioso, pois, por estar dentro de um Estado, está também sujeita às leis e ao poder do soberano.

Cabe ao monarca o direito de interpretar as escrituras sagradas, decidir sobre questões religiosas e presidir o culto, deste modo, se opunha a ideia protestante na qual todos podem interpretar a Bíblia, pois via nisto uma usurpação do poder de direito do monarca. Cabe ao soberano do reino reger não somente a este, mas também a Igreja cristã dentro de seu reino.

O direito a propriedade privada, a vida, a liberdade só existem por serem garantidos pelo monarca, senhor absoluto. O monarca não está dentro do pacto e não perde em coisa alguma sua liberdade, sendo livre e poderoso para poder garantir o contrato e a segurança de todos os envolvidos. Ninguém pode quebrar o pacto uma vez este tenha sido realizado e todos devem obedece-lo com a única exceção se o monarca não puder garantir a segurança e a vida dos envolvidos.

A união na sociedade civil não serve para mudar a natureza humana, que continua a ser a mesma, mas sim para coibir os excessos e garantir maior liberdade possível, diante da garantia de não ser atacado por outro e perder seus bens e sua vida.

Um governo central forte baseado na autoridade de um monarca absoluto tende a evitar guerras civis e criar um ambiente de paz e prosperidade. A natureza humana está centrada em seus próprios interesses, daí a importância da saída do estado de natureza para a constituição de um Estado por meio do contrato social no qual todas as partes envolvidas cedem seu direito particular para uma pessoa ou assembleia que irá constituir o Estado, o governo, a sociedade civil. A sociedade civil, formada pela união das diversas pessoas sob a autoridade de um governo, surge por meio do contrato social.

O ser humano tem medo em primeiro lugar de perder seu bem mais precioso e caro que é sua própria vida. No estado de natureza todos são inimigos de todos, todos estão em guerra contra todos pelos bens que desejam ter e mesmo o mais forte dentre eles não está seguro, pois pode ser vítima de algum ardil ou emboscada feita por alguém mais fraco fisicamente que ele. Diante deste medo busca-se no contrato social a paz e segurança, mas uma vez perpetrado o contrato social, o soberano irá mantê-lo usando do medo quando conveniente for, para que se faça justiça e para que o pacto seja mantido por todas as partes.

A união entre os seres humanos não se dá de modo natural e desinteressado e sim motivado por interesse vinculado à preservação da vida e manutenção das coisas que se busca e deseja, livres do medo de ter tudo tomado por outros humanos. É preferível temer a um só, ao monarca todo poderoso, do que temer a todos sem distinção.

A escolha pelo pacto que cria a sociedade civil é interessada e não meramente desapegada. O ser humano não é um animal naturalmente político e social. Tanto o convívio social como a atividade política surgem após o contrato social e não antes. Hobbes prioriza o indivíduo e suas emoções na criação da sociedade civil e também exclui Deus desta equação, pois, os teóricos antes dele argumentavam que o poder do monarca era divino e proveniente de Deus, mas para Hobbes o poder do monarca é proveniente do contrato social e de uma escolha feita pelo povo. Na verdade, todo o poder do monarca não se baseia em Deus e sim no povo que o criou e o sustenta.

O poder absoluto do monarca é oriundo do somatório das liberdades individuais que as pessoas abdicaram em prol do monarca por uma escolha consciente visando seus interesses pessoais, motivadas pelo medo de perder seus bens e sua vida, pelo medo das demais pessoas e posteriormente será mantida pelo medo do descumprimento das leis impostas pelo monarca que passa a ter o poder de castigar e punir quem as desobedecer.

Hobbes é um importante teórico do Estado que rompe com um paradigma vigente e nos coloca toda a ideia do surgimento da sociedade civil por um novo e ousado ângulo, retirando da equação a natureza política e social do humano proposta por Aristóteles e retirando também a ideia de um Deus garantidor do poder do monarca. A natureza humana passa a ser vista de modo adverso e em estado de natureza não convém considera-lo político ou social, somente após o contrato é que se desenvolvem as relações políticas. A ênfase agora passa a ser o povo que reunido, escolheu criar a sociedade civil e munir o monarca dos poderes que possui. E isto é revolucionário para a época, bem como irá influenciar pensadores posteriores eminentes, que mesmo não concordando com suas conclusões, irão manter as estruturas de seu pensamento e tentar modifica-las ou aperfeiçoa-las adequando-as a um governo representativo e liberal, afastando-se do absolutismo monárquico proposto por Thomas Hobbes e tão bem exemplificado na frase dita pelo então rei da França, Luis XIV (1638-1715): “O Estado sou eu” (L’État c’est moi).

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Francis Bacon (1) * O método indutivo e o Empirismo


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Francis Bacon (Londres, 22 de janeiro de 1561- Londres, 9 de abril de 1626) se propõe a criar um novo método investigativo, indutivo, para obtenção do saber verdadeiro. Pode com certeza ser considerado o fundador da escola inglesa de filosofia intitulada “Empirismo”. Dentre suas principais obras cabe citar o livro “Novum organum”, parte integrante da obra maior e inacabada “Instauratio magna” (grande instauração ou estabelecimento). Bacon entende que a ciência é algo prático e que saber é poder. Por meio do conhecimento oriundo das ciências podemos alcançar poder sobre a natureza. O método proposto por Bacon possui duas partes, sendo a primeira destrutiva ou negativa e a segunda construtiva ou positiva. Visando atender as exigências da parte negativa ou destrutiva de seu método e eliminar tudo que prejudique a obtenção do saber verdadeiro, propõe os quatro ídolos presentes na ciência ou nos cientistas enquanto prejuízos ou falsas noções que direcionam ao erro. A fonte de nossos erros se encontra em quatro ídolos ou falsas imagens, a saber: 1- idola tribos (Tribo - referência a nossa espécie), 2- idola specus (Caverna - referência à caverna de Platão, alegoria apresentada no livro “A república”), 3- idola fori (Mercado - referência à praça pública), e 4- idola theatri (Teatro).

Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade. Leia:

"Francis Bacon: O método e as etapas do saber e do conhecimento verdadeiro".

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sábado, 23 de janeiro de 2021

Francis Bacon: O método e as etapas do saber e do conhecimento verdadeiro

 Por: Silvério da Costa Oliveira.

 Francis Bacon (Londres, 22 de janeiro de 1561- Londres, 9 de abril de 1626) se propõe a criar um novo método investigativo, indutivo, para obtenção do saber verdadeiro. Pode com certeza ser considerado o fundador da escola inglesa de filosofia intitulada “Empirismo”. Dentre suas principais obras cabe citar o livro “Novum organum”, parte integrante da obra maior e inacabada “Instauratio magna” (grande instauração ou estabelecimento). Bacon entende que a ciência é algo prático e que saber é poder. Por meio do conhecimento oriundo das ciências podemos alcançar poder sobre a natureza.


 

O método proposto por Bacon possui duas partes, sendo a primeira destrutiva ou negativa e a segunda construtiva ou positiva. Visando atender as exigências da parte negativa ou destrutiva de seu método e eliminar tudo que prejudique a obtenção do saber verdadeiro, propõe os quatro ídolos presentes na ciência ou nos cientistas enquanto prejuízos ou falsas noções que direcionam ao erro.

A fonte de nossos erros se encontra em quatro ídolos ou falsas imagens, a saber: 1- idola tribos (Tribo - referência a nossa espécie), 2- idola specus (Caverna - referência à caverna de Platão, alegoria apresentada no livro “A república”), 3- idola fori (Mercado - referência à praça pública), e 4- idola theatri (Teatro).

A idola tribos provém de nossa natureza humana enquanto espécie que nos induz a pensar em tudo em relação a nossa espécie, vendo ordem e uniformidade que não existiriam ou apresentando explicações antropomórficas ou priorizando em importância algumas coisas sobre outras. É por tal meio que surgem as superstições, pois, tendemos a levar em consideração para nosso juízo somente os casos de sucesso e não os que não ocorrem. Os casos em que as predições falham são simplesmente ignorados. O comportamento reproduzindo as crenças da tribo na qual se vive afetam nossa real percepção da realidade e faz com que nos baseemos em preconceitos correntes no grupo do qual fazemos parte. Estes ídolos nascem de nosso comportamento grupal, do ser humano dentro de um dado grupo, fazem parte de nossa natureza humana.

A idola specus é voltada para nossos preconceitos relacionados a hábitos adquiridos ou à educação. Aqui abordamos mais especificamente o ser humano enquanto indivíduo, a natureza própria e particular de cada pessoa. Aquilo que o indivíduo adquiriu e irá formar seu entendimento, sejam coisas adquiridas pela educação formal ou informal, pela sua experiência particular, por conversas com outras pessoas, pela leitura, pelo respeito à autoridade e por estar sujeito à influência de determinadas pessoas dentro da sociedade.

A idola fori se baseia no uso convencional das palavras nas relações sociais. Por vezes as controvérsias não se pautam nas coisas em si mesmas e sim nas palavras que usamos. Ao tentar classificar as coisas, o uso vulgar da linguagem nos atrapalha, pois já há uma classificação popular que se opõe à nova. As palavras nos proporcionam, por vezes, um sentido confuso e por vezes sem relação com a realidade. As definições das palavras que usamos não são claras e pode ocorrer discussões infrutíferas sobre temas onde o erro se encontra em que cada pessoa ou grupo utiliza uma definição diferente para as mesmas palavras, obtendo como resultado significados completamente diferentes e antagônicos.

A idola theatri se baseia nas construções fictícias de sistemas anteriores na filosofia. Se atém ao prestígio de teorias já existentes. Grandes sistemas filosóficos e outros podem proporcionar que observemos fatos isolados pelo prisma de tais sistemas, deturpando os fatos para que os mesmos se adaptem ao sistema filosófico que aceitamos como verdadeiro.

Bacon compara a situação das tentativas de obter conhecimento com uma metáfora que este cria, dizendo que os empiristas colecionam fatos do mesmo modo que as formigas acumulam provisões, os racionalistas alheios à experiência constroem teorias fora da realidade do mesmo modo que as aranhas constroem teias e que o ideal seria nos portarmos como as abelhas que sugam o néctar das flores para a partir desta matéria prima construírem algo novo, os favos de mel.

Cabe atuar de modo crítico e usar do método indutivo diante da natureza, partindo da experiência e evitar antecipar seus resultados de modo apressado. Todo o processo indutivo de busca da verdade deve ser gradual e interpretativo, evitando se precipitar em generalizações.

Aqui, no emprego do método indutivo por parte de Bacon, temos de tomar cuidado para não pensarmos no método hipotético dedutivo hoje usado na ciência, pois, o método científico atual tem suas origens em Galileu Galilei e não é isto que propõe Bacon em seu livro Novum organum, aliás, muito mais complexo e complicado que o método lógico proposto por Aristóteles no “Organum” ou o método científico atual. Nós temos uma tendência a falar em hipóteses e quando vemos em Bacon que devemos primeiro observar os fatos, para depois organizar e agrupar os fatos e em terceiro lugar vir a fazer formulações visando atingir algum tipo de comprovação, temos a tendência de imaginar hipóteses nestas formulações seguidas de experimentos para verificar a legitimidade das mesmas e isto de fato está escrito em vários textos espalhados pela Internet ou presente em vários vídeos no YouTube, apesar de ser falso.

Em Francis Bacon, após observar os fatos, nós os agrupamos e organizamos seguindo as quatro (e não três) tábuas propostas para tal finalidade. Sempre devagar e sem dar saltos iremos do particular para o geral, buscando princípios gerais e axiomas. Iremos dos fatos particulares até leis gerais e depois até as aplicações na prática, ou seja, e dito de outro modo, subimos do fato observado, particular e individual, até uma lei geral e depois descemos até a aplicação na vida diária. Este processo de formular axiomas ou leis gerais é seguido de experimentação, indo e voltando. Algo pouco usado e não valorizado no pensamento de Bacon é, conjuntamente com as matemáticas, as hipóteses como as entendemos hoje em dia.

Mas não é simplesmente enumerar as observações e experiências o que temos no método indutivo, a ele devemos juntar as tábuas visando investigar a essência do fenômeno. Após a experiência cabe, portanto, formular as seguintes tábuas. 1- tabula presentiae, 2- tabula absentiae, 3- tabula graduum, 4- tabula reiectionis et exclusionis. Na tabula presentiae juntamos os casos em que se apresenta o fenômeno. Na tabula absentiae os casos em que o mesmo não se apresenta. Na tabula graduum temos o grau crescente ou decrescente em que o fenômeno se apresenta. Na tabula reiectionis et exclusionis agimos rejeitando, excluindo ou separando as propriedades não essenciais.

Visando a divisão da filosofia, enquanto somatório de todos os ramos do conhecimento, toma como base as faculdades cognitivas humanas, a saber: memória, imaginação e razão e as vincula com a divisão do saber em história (ciência da memória), poesia (ciência da imaginação) e filosofia (ciência da razão).

A história tem dois objetos de estudo, a natureza, de onde temos a história natural com suas subdivisões e o homem, de onde temos a história civil, também com suas subdivisões.

A filosofia (ciência da razão) tem dois objetos de estudo, a natureza, de onde temos a filosofia natural e o homem com a filosofia do homem.

 Para a memória traz a história, que visa o acúmulo de informações sobre o passado e presente. Para a imaginação traz a poesia, que visa à construção pela imaginação da realidade e na poesia inclui também as fábulas e mitos antigos. Para a razão traz as ciências diversas sobre a natureza e a elaboração dos conteúdos advindos da história.

A classificação e divisão dos conhecimentos feita por Bacon é extensa, exaustiva e contem múltiplas subdivisões que não irei reproduzir aqui por entender não ser este quadro de utilidade no presente artigo, mas fica o alerta caso o leitor tenha interesse em obter a classificação completa das ciências em Francis Bacon.

Dentre outros pontos, cabe com certeza importância e destaque a Francis Bacon como fundador do Empirismo inglês e pela ênfase dada a experiência na busca do conhecimento realmente verdadeiro. Ele irá influenciar a diversos e importantes pensadores posteriores e marcar um posicionamento seguro em direção à abordagem empírica e indutiva que deva ser dada pela filosofia e ciência na busca do conhecimento verdadeiro, o que com certeza terá fortes consequências em pensadores futuros que desenvolverão mais a fundo pontos importantes presentes dentro das teses inicialmente levantadas por Bacon e de certo modo acabará levando ao ceticismo de David Hume em um momento histórico futuro.

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Filosofia Empirismo (1) * Qual o significado e importância do Empirismo na Filosofia?

 


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O termo “Empirismo” é proveniente em sua origem do grego “empeiria” e posteriormente do latim “experientia” e significa “experiência”. Suas origens podem ser remontadas a Antiguidade clássica e em particular ao filósofo Aristóteles, mas atualmente o termo tende a designar uma Escola filosófica da Idade Moderna. Inclusive, a expressão “tábula rasa”, muitas vezes atribuída ao filósofo Locke no século XVIII, pertence em verdade ao filósofo Aristóteles. Trata-se de um importante movimento filosófico que se contrapõe ao Racionalismo predominante no continente Europeu. Ambas correntes filosóficas se dão no decorrer dos séculos XVII e XVIII, sendo que no Empirismo seus principais representantes encontram-se no Reino Unido e seu pensamento irá ser importante, também, no decorrer do século XVIII incorporado ao Iluminismo ou Ilustração, em particular na França entre a morte do rei Luís XIV e a Revolução Francesa. Os principais representantes deste movimento na filosofia são: Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753), David Hume (1711-1776). Eles defendem por linhas gerais que todo o conhecimento que possuímos provém das experiências que temos e que, portanto, não existem ideias inatas que já nasceriam conosco e que de alguma forma já saberíamos, mesmo que precisássemos ativar ou relembrar as mesmas. Nosso conhecimento provém dos sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato) pelos quais temos contato com o mundo. Temos ideias em nosso entendimento, mas estas ideias não são inatas e sim provenientes da experiência por meio dos sentidos e também da reflexão racional ou do modo como nossos processos cognitivos percebem estas ideias, ou mesmo sensações em nosso corpo, tais como dor, prazer, amor, ódio, etc. A filosofia e o Empirismo enquanto corrente filosófica está presente em concursos vestibulares e no Enem, sendo cada vez mais requisitada em diversas situações. Aqui temos uma vídeo aula de filosofia sobre empirismo dentro de uma ideia mais ampla de um curso de filosofia a partir de vários vídeos sequenciais em playlists acompanhados de material de apoio (artigos e textos) disponíveis em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico". A partir desta vídeo aula nos propomos a responder o que é o empirismo, seu conceito, significado e importância na filosofia, bem como suas principais características e qual o problema por ele tratado. O empirismo em filosofia há de destacar a importância da experiência e das sensações para o conhecimento do mundo circundante. Esta é a primeira de várias aulas sobre o tema que estarão presentes na playlist Empirismo. Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade.

Leia: "Qual é a importância do Empirismo em filosofia?".

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domingo, 17 de janeiro de 2021

Qual é a importância do Empirismo em filosofia?

 Por: Silvério da Costa Oliveira.

 O termo “Empirismo” é proveniente em sua origem do grego “empeiria” e posteriormente do latim “experientia” e significa “experiência”. Suas origens podem ser remontadas a Antiguidade clássica e em particular ao filósofo Aristóteles, mas atualmente o termo tende a designar uma Escola filosófica da Idade Moderna. Inclusive, a expressão “tábula rasa”, muitas vezes atribuída ao filósofo Locke no século XVIII, pertence em verdade ao filósofo Aristóteles.

Trata-se de um importante movimento filosófico que se contrapõe ao Racionalismo predominante no continente Europeu. Ambas correntes filosóficas se dão no decorrer dos séculos XVII e XVIII, sendo que no Empirismo seus principais representantes encontram-se no Reino Unido e seu pensamento irá ser importante, também, no decorrer do século XVIII incorporado ao Iluminismo ou Ilustração, em particular na França entre a morte do rei Luís XIV e a Revolução Francesa.

Os principais representantes deste movimento na filosofia são: Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753), David Hume (1711-1776). Eles defendem por linhas gerais que todo o conhecimento que possuímos provém das experiências que temos e que, portanto, não existem ideias inatas que já nasceriam conosco e que de alguma forma já saberíamos, mesmo que precisássemos ativar ou relembrar as mesmas. Nosso conhecimento provém dos sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato) pelos quais temos contato com o mundo. Temos ideias em nosso entendimento, mas estas ideias não são inatas e sim provenientes da experiência por meio dos sentidos e também da reflexão racional ou do modo como nossos processos cognitivos percebem estas ideias, ou mesmo sensações em nosso corpo, tais como dor, prazer, amor, ódio, etc.

 


Além da discussão em torno da epistemologia ou teoria do conhecimento, há também uma discussão política sobre o melhor governo para a Inglaterra e Reino Unido e como se daria a relação entre o povo e o soberano. Contendas políticas e religiosas estiveram presentes no meio social e cultural britânico e foram teorizados por integrantes do Empirismo. Estes filósofos discutiram em suas obras sobre a melhor constituição para o país e se haveria uma constituição primordial da qual as demais teriam se originado ou se, de algum modo fora feito em tempos antigos algum tipo de contrato social que estipularia os direitos e deveres do povo e do monarca, do governo. A questão moral está presente e tende a se encaminhar aos poucos para um tipo de utilitarismo ou mesmo convencionalismo baseado nos interesses individuais e sociais. A religião e sua maior ou menor participação dentro do governo é questionada, abrindo-se aos poucos o espaço para uma maior tolerância religiosa que irá ter reflexos positivos no comércio entre e fora fronteiras. A liberdade do cidadão vai aos poucos ganhando destaque e apesar de encontrarmos ressalvas feitas quanto ao ateísmo ou mesmo a presença da Igreja Católica Apostólica Romana e a influência do Papa enquanto líder estrangeiro, aos poucos ideias defendendo a tolerância vão ganhando destaque e importância a ponto de virem a influenciar o posterior movimento filosófico chamado de Iluminismo ou Ilustração, ainda no século XVIII.

Na política a relação de poder é questionada e debatida. Como se daria a relação entre de um lado o governo e de outro o povo e qual o papel do monarca e da constituição? A par com tal debate originou-se também a discussão sobre um possível contrato social ou uma constituição primordial da qual se originariam os direitos e deveres presentes na constituição e leis atuais. Dentre os principais filósofos que irão defender e apresentar sua versão do contrato social, os assim chamados “contratualistas”, temos a Hobbes, Locke e Rousseau, este último já dentro do Iluminismo francês e com uma aproximação de outro importante movimento histórico e cultural, que será o Romantismo do século XIX.

O Empirismo é uma importante corrente filosófica que irá se contrapor a outro grande movimento, o Racionalismo, nos proporcionando ponto e contraponto a questões complexas e também delicadas em vários campos do saber humano, a começar pela própria origem e validação de nosso conhecimento verdadeiro. A partir da soma de ideias e questionamentos levantados por tais filósofos, nestes dois importantes movimentos, teremos o surgimento da crítica kantiana.

Kant diz que foi David Hume que o despertou de seu sono dogmático e o fez se debruçar sobre uma nova filosofia que irá marcar profundamente a história do desenvolvimento filosófico como bem o sabemos hoje, no entanto, não haveria Hume se não houvesse antes dele todos os demais filósofos racionalistas e empiristas que debateram e desenvolveram temas concernentes ao questionamento proposto por Hume.

Não há hoje como ser um filósofo ou estudante da filosofia ou mesmo um apaixonado pelo conhecimento filosófico sem conhecer a fundo os desenvolvimentos do pensamento filosófico desta época histórica. Diferente, sim, dos gregos antigos ou mesmo da filosofia contemporânea, mas de modo algum inferior a qualquer outro momento histórico do pensar humano. São detalhes e minúcias que elevaram o pensamento humano, como se estivéssemos afiando a faca e a preparando para o uso e o corte preciso, a “faca” como uma metáfora para o nosso entendimento. Quanto mais a fundo conhecemos um destes pensadores, mais nos afastamos das trevas da ignorância humana, do preconceito, da intolerância, da infantilidade que faz com que adultos se comportem como se crianças ainda fossem.

Buscando a liberdade, a tolerância, e o entendimento da sociedade, da política, da moral, encontramos um momento de resposta nestes autores. Aqui temos a razão humana se afastando da fé e crenças dogmáticas em religiões e outros preconceitos sem fundamento e se apresentando como se um farol fosse, em meio a escuridão, a nos guiar para a luz do conhecimento verdadeiro. Faço ao leitor, pois, o convite para nos acompanhar nesta aventura pelo pensamento presente no Empirismo (neste e nos próximos artigos e vídeos), sabendo que não há coisa alguma mais subversiva a qualquer sistema dogmático do que pensar, pensar criticamente, ou mesmo, filosofar.

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Felicidade (3) * O que é o fluir e experiência máxima?

 


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Nesta vídeo aula abordamos o conceito de fluir e experiência máxima. Também o que é a felicidade, qual a definição para a felicidade. Nossos sentimentos não estão diretamente vinculados aos fatos e sim como nós interpretamos estes mesmos fatos. A nossa vida é igual ao que acreditamos que ela seja. Somos nós que damos sentido e significado para nossa vida e somos os responsáveis pela nossa felicidade. A felicidade está relacionada ao conceito de fluir e também ao de experiência máxima. No fluir estamos completamente absortos no que fazemos que até esquecemos a passagem do tempo. Somos felizes quando estamos plenamente absortos no que fazemos ou vivemos. Também importante para a felicidade é o sentimento de controle sobre a situação vivida, sentimento de controle sobre nossas ações e sobre nosso destino. Quando temos uma experiência máxima o prazer ali envolvido fica marcado para sempre em nossa memória. Seja você mesmo e mais ninguém. Busque e encontre o seu ponto de equilíbrio. Não sentimos nossas emoções em relação aos fatos que vivemos e sim como os interpretamos. Lembre-se sempre que a vida é igual ao que acreditamos que ela seja, pois, somos nós que damos sentido e significado para nossa própria vida.

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