Por: Silvério
da Costa Oliveira.
Por: Silvério
da Costa Oliveira.
Certas cenas
são de fato impagáveis e destas o seriado Arquivo X, que teve nove temporadas
de 1993 até 2002 mais dois filmes levados ao cinema, está repleto. Neste
momento penso em particular no episódio “A guerra das baratas” e nas cenas por
demais absurdas interpretadas com o máximo de seriedade e profissionalismo por
parte dos atores, como se fosse algo do mais natural possível e com uma
realidade e dramaticidade impecável. Lembro que revi por diversas vezes este
episódio em particular e uma destas vezes com um amigo, também intelectual, o
que acabou motivando, entre risos e ironias, associar as baratas aos
intelectuais, pois, nada pior do que uma barata irônica.
“Cuidado Mulder! Nós não sabemos do que estas
baratas são capazes”.
Bambi
“Be careful. We don’t know what
these cockroaches are capable of”.
Arquivo X –
The X files
Terceira
temporada, episódio número 12
Episódio: A
guerra das baratas – War of the coprophages
Desde que o
mundo é mundo, lá estão as baratas e mesmo se compararmos registros muito
antigos e já fossilizados com as baratas atuais e contemporâneas, veremos que
pouco mudaram. Apesar de haverem tipos diferentes de baratas, todas possuem
traços comuns que as identificam dentro do grupo maior do qual fazem parte. Em
geral solitárias, no entanto, algumas espécies se apresentam como gregárias,
buscando a companhia de outras baratas. Durante o dia se escondem, saindo
somente à noite, a não ser que precisem sair no período diurno buscando
alimento e água ou em virtude de haver neste local um grande excesso
populacional de baratas. As baratas têm uma grande capacidade de adaptação ao
meio ambiente, de modo a persistirem em sua existência neste mundo, não por
milhares e sim por milhões de anos.
Intelectuais às
vezes são como baratas recebendo um jornal dobrado ou uma chinelada daqueles
que não os entendem, não os suportam e mesmo possuem horror e asco de uma
barata tão terrível que sequer gosta de futebol ou da novela da moda e pior
ainda se for uma barata que não goste de bigs brothers. Mas as baratas
persistem, não morrem ou desaparecem, e há tipos diferentes das mesmas, há
aquelas baratas mais ligadas numa leitura e aquelas mais voltadas para a arte
ou o cinema. Em geral baratas intelectuais não são muito sociais, se bem que
haja também espécies gregárias, que buscam, incluso, não somente a companhia de
outras baratas, para escândalo da comunidade “baratesca” e incredulidade dos
demais seres que acreditam estarem vivos. Em verdade, baratas humanas parecem
até que se escondem, em virtude dos locais e horários onde preferem estarem
presentes.
O sonho de
muitos seria exterminá-las e não poucos governos ditatoriais assim tentaram
proceder, no entanto, por mais que os demais seres tentem se livrar das mesmas,
no final, há sempre uma barata perto de você. São irritantes, sempre
contradizendo a veracidade e obviedade dos fatos, em particular dos veiculados
pela mídia televisiva. Basta uma grande nação divulgar com relação a um
terrorista de renome que capturou, matou e jogou ao mar seu corpo, que lá estão
as baratas dizendo que tudo é mentira, farsa e enganação e pedindo para que não
nos atentemos aos detalhes produzidos para enganar a população e sim na visão
geral e global dos fatos e perguntando em seguida pelo corpo de modo irônico e
sarcástico. Ah! Estas baratas, como são chatas querendo com seus barulhinhos
diminutos nos acordar de nosso sono profundo.
Como seria bom
um mundo sem baratas, baratas humanas pensam demais e acabam fazendo com que
outros seres tenham a dolorosa experiência de também pensar, que coisa
horrível! Afinal, é tão bom não pensar...
Mas o pior de
tudo é que baratas humanas são irônicas e nunca sabemos ao certo quando estão
sérias ou brincando, quando estão se auto-satirizando ou satirizando a outros
seres. Rir de uma piada de barata acaba sendo incômodo até para outra barata,
afinal, será que existe realmente algo para rir ou tudo não passa de loucura
puramente insana? Oh! deus, pedem os demais seres, dai-nos um mundo sem
baratas. Enquanto isto, estas coisinhas horrorosas provavelmente pedem em seus
pensamentos mais íntimos: Oh! baratas, dai-nos um mundo sem deus.
Pergunta: Grande
irmão, você já pensou que bacana seria um mundo sem baratas?
Prof. Dr.
Silvério da Costa Oliveira.
(Respeite os
Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de
ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)
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