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Heráclito de Éfeso (544/540-470 a.C.), segundo a tradição, nasceu em uma família nobre, mas abdicou de seu status e não se interessou pela política da cidade. Devido ao estilo enigmático de sua obra e vida, já na Antiguidade o filósofo teria sido designado como “o obscuro”. Segundo ele todas as coisas estão em movimento e mudança constante. Põe ênfase, no entanto, não na mudança e movimento e sim no logos que permite a coerência presente em tudo, atuando como elemento de ordenação de todas as coisas. Também cabe destaque a importância do elemento fogo. O logos é co-extensivo ao fogo. Cabe ao logos ser constitutivo real e ao fogo ser constitutivo cósmico primário de todas as coisas.
Heráclito nos dá o exemplo de um rio, no qual não é possível banhar-se duas vezes, pois quando a mesma pessoa entra no rio pela segunda vez o rio não é mais o mesmo uma vez que as águas ali presentes já são outras, as águas estão correndo e mudando. Um de seus discípulos, Crátilo, fez uma modificação nesta alegoria, afirmando que não somente o rio, mas a própria pessoa que tentaria entrar uma segunda vez, também mudaria, deste modo, uma mesma pessoa sequer conseguiria entrar em um mesmo rio uma única vez, em virtude da contínua mudança de ambos (rio e pessoa).
Parmênides de Elea (540/539/530-460 a.C.), segundo Diógenes Laércio, foi discípulo de Xenófanes de Cólofon, já segundo Teofrasto, foi discípulo de Anaxímenes. Parmênides nos fala em seu poema que o ser é e o não ser não é, ou seja, que só existe o ser e se algo de fato existe, este algo não pode perecer, mudar, mover-se ou possuir qualquer imperfeição. Segundo alguns comentadores, a ontologia surge com Parmênides, bem como a formulação do princípio de identidade e do princípio da não contradição.
O poema de Parmênides pode ser dividido em três partes. Na primeira parte temos o preâmbulo, no qual a deusa recebe Parmênides e lhe informa sobre a revelação que fará. Na segunda parte encontramos uma argumentação filosófica e na terceira parte uma discussão sobre a “doxa” que é o caminho para o não ser. De fato, encontramos dois caminhos possíveis no poema: o da verdade, no qual afirmamos que o ser é; e o da “doxa”, que afirma que o ser não é.
Se fizermos uma leitura rápida e superficial de Parmênides e Heráclito, podemos entender que ambos são opostos entre si. Neste caso, a Parmênides caberia a constância e imobilidade do ser e a Heráclito a mudança e o movimento de tudo.
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