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Lucrécio, poeta latino que se destaca na divulgação do Epicurismo, é o autor de um poema intitulado “Sobre a natureza das coisas”, no qual expõe a doutrina epicurista. Esta Escola tem nas suas origens Aristipo, discípulo de Sócrates, que entendia que cabia ao humano por meio dos seus sentidos obter o máximo possível de satisfação. Enquanto nas Escolas Cínicas e Estoica, objetivava-se suportar a dor e o sofrimento, na Escola Epicurista o objetivo era afastar de si a dor e o sofrimento.
Coube a Epicuro de Samos fundar na cidade de Atenas uma Escola que adota para si os fundamentos propostos por Aristipo. Esta Escola pode ser chamada de Escola dos Epicureus e nela, Epicuro mesclou, também, a teoria do átomo proveniente de Leucipo e Demócrito. A tradição nos diz que havia uma inscrição no portal que dava acesso ao jardim, na qual se lia: “Forasteiro, aqui te sentirás bem. Aqui, o bem supremo é o prazer”.
Epicuro escreveu muito, mas de sua obra resta-nos somente três cartas e alguns fragmentos e aforismos. Cabe destaque a “carta a Meneceu”, que nos fala sobre a felicidade, a “carta a Heródoto”, que nos fala sobre a física e os átomos, e a “carta a Pítocles”, que nos fala sobre os meteoros. Basicamente o que conhecemos hoje provém dos escritos de Lucrécio e de Diógenes Laércio.
Em Atenas comprou uma casa com jardim onde ministrava suas aulas e recebia os amigos, por se reunirem em um jardim, esta Escola também ficou conhecida como “os filósofos do jardim”. Divide a filosofia em três partes: 1- canônica, 2- física, e 3- ética. A canônica é a lógica, que aborda os critérios para poder distinguir entre o verdadeiro e falso. Na canônica temos que a única fonte de conhecimento é proveniente das sensações. Esta teoria do conhecimento é inspirada na teoria atomista de Leucipo e Demócrito. A física tem como objetivo libertar os humanos do medo do destino, dos deuses e da morte, longe de uma finalidade especulativa, atém-se à realidade e está subordinada à ética. A ética trata dos meios próprios para se obter a felicidade.
Para se obter o prazer, deve-se medir as consequências de um ato em relação ao prazer que este possa proporcionar em dado momento e a possível dor que o mesmo poderá proporcionar em um momento subsequente, deste modo, comer em excesso pode ser prazeroso naquele momento, mas deve ser evitado para não se ter o desprazer resultante de complicações posteriores. O prazer não estaria unicamente vinculado aos sentidos corporais e incluiria outros objetivos, como, por exemplo, a amizade ou a contemplação de uma obra de arte. Torna-se muito importante neste contexto o autocontrole, a temperança e a serenidade, bem como, se libertar do medo da morte. Temos uma ênfase grande, dentro desta Escola, de se viver o momento presente, sem se preocupar com outros temas.
Diógenes Laércio, em sua biografia de Epicuro, resumiu os principais pontos de sua doutrina para viver uma vida feliz e equilibrada, no que ficou conhecido como os quatro remédios, o tetrafármaco, a saber: 1- Não tema a deus ou aos deuses, 2- Não tema a morte, 3- As necessidades básicas e naturais vinculadas à felicidade são fáceis de serem obtidas, 4- Pode-se suportar a dor e o sofrimento.
Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade. Leia:
"Epicurismo: Afastar a dor e buscar o prazer com moderação".
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