Professor Doutor Silvério

Blog: "Comportamento Crítico"

Professor Doutor Silvério

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)

Sites na Internet – Doutor Silvério

1- Site: www.doutorsilverio.com

2- Blog 1 “Ser Escritor”: http://www.doutorsilverio.blogspot.com.br

3- Blog 2 “Comportamento Crítico”: http://www.doutorsilverio42.blogspot.com.br

4- Blog 3 “Uma boa idéia! Uma grande viagem!”: http://www.doutorsilverio51.blogspot.com.br

5- Blog 4 “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

https://livroograndesegredo.blogspot.com/

6- Perfil no Face Book “Silvério Oliveira”: https://www.facebook.com/silverio.oliveira.10?ref=tn_tnmn

7- Página no Face Book “Dr. Silvério”: https://www.facebook.com/drsilveriodacostaoliveira

8- Página no Face Book “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

https://www.facebook.com/O-Grande-Segredo-A-hist%C3%B3ria-n%C3%A3o-contada-do-Brasil-343302726132310/?modal=admin_todo_tour

9- Página de compra dos livros de Silvério: http://www.clubedeautores.com.br/authors/82973

10- Página no You Tube: http://www.youtube.com/user/drsilverio

11- Currículo na plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8416787875430721

12- Email: doutorsilveriooliveira@gmail.com


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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Indústria cultural e a Escola de Frankfurt

 

Por: Silvério da Costa Oliveira.

 

Indústria cultural

 

O conceito de “indústria cultural” foi desenvolvido pela assim chamada “Escola de Frankfurt”, o “Instituto de pesquisa social”, aparecendo inicialmente no livro escrito conjuntamente por Adorno e Horkheimer, “Dialética do esclarecimento”, 1947.

O foco das análises efetuadas pelos integrantes da Escola de Frankfurt se voltou para o que na linguagem marxista-leninista se chama de “superestrutura”. A mesma consiste em mecanismos que atuam visando manter a estrutura social, exercendo sua força sobre a formação e manutenção das personalidades individuais, das famílias e da forma como concebemos a autoridade. Estes elementos se fazem presentes na cultura de massa e no modo como elementos da arte são ali trabalhados.


 

A cultura erudita é a produzida por uma refinada elite intelectual e possui um maior valor estético, por ser melhor elaborada, sendo também menos intuitiva. Permite um maior desenvolvimento da intelectualidade, de modo mais pleno, devendo ser ampliada. Já a cultura popular é formada pelas tradições populares, sendo formada com menor refinamento técnico e intelectual e bem mais intuitiva. Ambas culturas, erudita e popular, são consideradas autênticas por Horkheimer e Adorno.

O conceito de “indústria cultural” faz menção à cultura como sendo mais uma forma de dominação social, por meio de uma indústria capitalista que vende a cultura erudita e popular de modo mesclado e massificado, objetivando a obtenção de lucro. Do mesmo modo que uma fábrica, a indústria cultural tem uma atuação produtiva, sendo seu produto a arte. Aqui temos a formação cultural por meio de produtos artísticos, tais como: filmes, peças de teatro, livros, músicas, pinturas, fotografias, etc., provenientes das mais diversas mídias: jornais, rádios, cinema, tv.

A indústria cultural vende elementos provenientes da cultura popular e erudita, por meio da alta reprodutibilidade técnica, enquanto forma de entretenimento para as massas populacionais, de modo a permitir manter a população sob controle, na medida em que esta se encontra satisfeita e feliz com este modo simples e agradável de consumir a arte.

Trata-se de uma padronização visando perpetuar na sociedade os valores capitalistas, burgueses e tradicionais, como, por exemplo: modelos de comportamento e linguagem. A arte presente na indústria cultural de massa se torna a principal responsável pela dominação ao reproduzir valores sociais capitalistas e ao tornar a classe operária satisfeita com o consumo de arte. Utilizando-se de histórias e propagandas, a indústria cultural cria necessidades que geram consumo.

Horkheimer e Adorno não consideram o cinema e a rádio como formas de arte. Segundo o pensamento destes autores, ambas as técnicas visam somente o lucro dentro de uma sociedade capitalista consumista.

A indústria cultural não favorece a emancipação das pessoas, não estimula sua criatividade, e permite que as pessoas atuem passivamente como receptores de toda esta informação. Teríamos, portanto, uma cultura inautêntica vendida pela indústria cultural e outra autêntica, esta última seria a cultura erudida e a cultura popular.

Segundo estes autores, “indústria cultural” não é sinônimo de “cultura de massa”, são conceitos diferentes. É do interesse capitalista, dos produtores desta indústria, que se use o termo “cultura de massa”, dando a entender tratar-se de uma cultura que surge espontaneamente do interior das próprias massas, do povo, mas isto não é verdade, pois, há aqui uma relação vertical na qual os criadores não somente adaptam seu produto ao gosto das massas, como também influenciam e determinam este gosto e consumo.

A indústria cultural reduz a todos na sociedade a condição de empregados ou consumidores e tem como objetivo ser a portadora da ideologia dominante, proporcionando sentido ao conjunto do sistema. A indústria cultural transforma tudo em negócio e vende como arte algo padronizado para as massas populares, atuando de modo sistemático e programado no sentido de explorar os bens culturais. Em uma sociedade capitalista, a obra de arte é diluída e padronizada para ser vendida como mercadoria, deste modo, perde o potencial crítico e de contestação.

 

Silvério da Costa Oliveira.

 


 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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