Por: Silvério da Costa Oliveira.
Gregório
Gregório de Nazianzo ou Gregório Nazianzeno ou Gregório teólogo (329-389), escritor e teólogo, conhecedor da cultura helênica e com formação retórica, trouxe parte desta cultura para a Igreja cristã. Nasceu em Arianzo, perto de Nazianzo, sudoeste da Capadócia, atual Turquia, e faleceu na mesma cidade aos 60 anos. Em parte de sua vida atuou como bispo de Constantinopla e também como bispo de Nazianzo. Sua produção literária não foi abundante e se concentrou em torno de sermões, discursos, poemas e cartas.
É considerado santo pela Igreja Católica Apostólica Romana e o dia no qual é festejado e venerado é 2 de janeiro. Gregório de Nazianzeno conjuntamente com Basílio Magno e seu irmão mais novo, Gregório de Nissa, recebem o título de “os três capadócios”, pelo qual são conhecidos.
Na sua obra, o discurso “Contra Juliano”, escrita por volta de 364 ou 365, apresenta um posicionamento político religioso que se confronta diante de uma realidade cultural e política se opondo ao imperador Juliano, com relação ao seu posicionamento religioso cristão versus as religiões tradicionais romanas. Nesta época histórica não há como desvincular o discurso político do religioso, tal a trama de interligações neles existentes, bem como, a religião está presente e se expressa por meio da cultura desenvolvida neste momento histórico. Em verdade, Gregório aproveita-se da morte de Juliano e da subida ao trono do imperador Joviano, mais reconciliador, e de seus sucessores, para escrever e apresentar este discurso “Contra Juliano”. O imperador Juliano tinha falecido há pouco tempo, por volta de um ou dois anos no máximo, antes de Gregório apresentar esta obra (Juliano falece em 26 de junho de 363, então com 31 anos de idade). Nesta obra procura contrapor o logos cristão ao logos grego, tentando unir os cristãos em torno de uma causa comum.
Segundo o pensamento de Gregório não nos é possível entender a essência e natureza de Deus, se bem que possamos conhecer sua existência. Defende teologicamente a existência de um só Deus em três pessoas, a santíssima Trindade, portanto, a fé em um Deus uno e trino. Gregório é conhecido e lembrado pela defesa que faz da Santíssima Trindade.
Defende a fé de Nicéia contra os Arianos, deste modo dedica-se também a combater a heresia do arianismo, então fortemente presente em Constantinopla quando para lá se dirigiu, em 379. Enquanto que o arianismo, fundado por Ario no século IV, questionava que Jesus não seria Deus, Gregório propugnava a existência de um só Deus, mas em três pessoas iguais e distintas, a Santíssima Trindade, composta por: Pai, Filho e Espírito Santo.
Silvério da Costa Oliveira.
Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.
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