Professor Doutor Silvério

Blog: "Comportamento Crítico"

Professor Doutor Silvério

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)

Sites na Internet – Doutor Silvério

1- Site: www.doutorsilverio.com

2- Blog 1 “Ser Escritor”: http://www.doutorsilverio.blogspot.com.br

3- Blog 2 “Comportamento Crítico”: http://www.doutorsilverio42.blogspot.com.br

4- Blog 3 “Uma boa idéia! Uma grande viagem!”: http://www.doutorsilverio51.blogspot.com.br

5- Blog 4 “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

https://livroograndesegredo.blogspot.com/

6- Perfil no Face Book “Silvério Oliveira”: https://www.facebook.com/silverio.oliveira.10?ref=tn_tnmn

7- Página no Face Book “Dr. Silvério”: https://www.facebook.com/drsilveriodacostaoliveira

8- Página no Face Book “O grande segredo: A história não contada do Brasil”

https://www.facebook.com/O-Grande-Segredo-A-hist%C3%B3ria-n%C3%A3o-contada-do-Brasil-343302726132310/?modal=admin_todo_tour

9- Página de compra dos livros de Silvério: http://www.clubedeautores.com.br/authors/82973

10- Página no You Tube: http://www.youtube.com/user/drsilverio

11- Currículo na plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8416787875430721

12- Email: doutorsilveriooliveira@gmail.com


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sábado, 12 de junho de 2021

Marco Minúcio Felix: Um diálogo em defesa da fé cristã

 Por: Silvério da Costa Oliveira.

Marco Minúcio Felix

 Marco Minúcio Felix (viveu entre 150-270), ou Marcus Minucius Felix, nasceu em Cirta, na Numídia, norte da África (atual Constantina, na Argélia) e foi escritor e advogado. Pouco se sabe sobre sua vida e raros são os dados biográficos que possuímos de modo confiável. Mesmo a data de seu nascimento e morte não pode ser afirmada com plena certeza. Dele conhecemos somente a obra “Otávio” (Octavius), no qual se desenrola um diálogo entre dois personagens, sendo um cristão e outro pagão, enquanto um terceiro personagem, em verdade o próprio autor, Marco Minucio, que é um dos personagens do livro, se apresenta como juiz da contenda. Houve um erro de catalogação e a obra “Otávio” foi incorporada à obra de outro autor e assim ficou até o século XVI.


 

Na obra “Otávio”, no transcorrer do diálogo, não somente é empreendida a defesa da fé cristã, como também são abordadas questões deveras importantes, tais como: a existência de um deus único e providente, a razão e a fé na religião cristã, a liberdade, a esperança, a vida cristã como algo heroico. Pela leitura da obra nos deparamos com a problemática relação existente à época entre de um lado o cristianismo e de outro as demais religiões existentes e aceitas no Império Romano. Na obra e por meio do discurso do personagem Otávio, é apresentado uma síntese do pensamento de diversos filósofos gregos no tocante à deus e este conclui que há uma evolução natural do politeísmo para o monoteísmo, já previsto, dentre outros, mesmo em Platão. Usando como argumento a ordem do universo e a natureza humana, busca provar a existência de uma providência divina. Por mais importante que seja a razão, filosofia e ciência para conhecer o mundo, torna-se também importante em virtude de nossas limitações, fazermos uso da revelação.

O personagem Otávio faz uma referência ao templo construído por Salomão ao Senhor e se questiona se Deus haveria de habitá-lo. Mas já que os céus e a Terra são obra de Deus e não podem contê-lo, Deus há de habitar no interior do humano, o qual foi feito a sua imagem e semelhança, sendo este sim o templo de Deus. Não devemos focar na exterioridade e sim no íntimo do humano, lugar da morada de Deus. Deus mora em um templo vivo e não de pedra.

No diálogo fica nítida a posição de Marco Minucio Felix, no tocante a que tudo que teve um início terá um fim e que os filósofos em parte defenderam esta ideia, mas buscaram esta ideia da pregação dos profetas do Antigo Testamento. Seguindo a tradição de outros padres apologistas, defende que os filósofos devem o conhecimento verdadeiro que apresentam, do conhecimento anterior do povo hebreu.

Também fica claro a defesa da ressurreição da carne, dogma este que a época parecia incompreensível aos humanos cultos não cristãos. De fato, podia-se aceitar a imortalidade da alma muito mais facilmente do que a ressurreição da carne proclamada pelos cristãos.

No livro o autor defende dogmas que fazem parte do credo cristão, em oposição às crenças presentes nas religiões então aceitas no Império Romano. Defende o monoteísmo, onde temos que existe somente um Deus e não vários, como então presente nas diversas crenças politeístas. Defende que este Deus único é o criador e Senhor de tudo. Defende a ressurreição da carne e a vida eterna do corpo e alma. Também ridiculariza e antagoniza alguns filósofos, tais como Sócrates e os céticos. Sócrates é chamado de palhaço de Atenas pela sua confissão de nada saber, bem como de demônio mentiroso. Já aos céticos, os ridiculariza dizendo que continuem duvidando. Vemos uma hostilidade aos filósofos e também ao credo politeísta, mas tentando não ser explícita ao ponto de afastar o leitor culto, conhecedor da filosofia e partidário das religiões então aceitas.

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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