Vídeos novos toda semana.
Inscreva-se no canal para ser informado sobre novos vídeos.
Você gostou do vídeo? Curta e compartilhe o vídeo.
Material de apoio (artigos, textos, vídeos) nos meus blogs “Ser Escritor” e “Comportamento Crítico”. Links no site. https://www.doutorsilverio.com
A Idade Média, por um prisma histórico, fica limitada entre os séculos V e XV, mas o pensamento característico medieval não se restringe a este período cronológico. Se entendemos a produção de pensamento medieval como uma tentativa de diálogo entre por um lado o legado filosófico greco-romano e de outro as bases da religião cristã provinda dos textos sagrados, da fé e da revelação, então, este dito pensamento medieval, com características únicas e no qual a filosofia ou é negada ou subordinada à fé e revelação, tende a ser encontrado bem antes do início da Idade Média, já entre os primeiros padres apologistas no século I d.C. e também bem depois do final da Idade Média, na assim chamada Escolástica tardia, no século XVII, na Península Ibérica (Portugal e Espanha). Vários pensadores propuseram soluções para o papel ocupado pela filosofia greco-romana dentro da visão cristã de mundo. Os primeiros a tratarem do tema foram os padres apologistas, entre os séculos I e V, seguidos pelos representantes da Patrística na Alta Idade Média e da Escolástica na Baixa Idade Média. Os mais conhecidos, mesmo para o não estudante de filosofia, são: Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, mas existem muitos outros e todos muito significativos neste contexto no qual se discute a relação entre fé e razão. A fé é a crença em alguma coisa, uma crença tão forte que pode negar qualquer evidência em contrário, mesmo o que os olhos vêem ou o que percebemos pelos sentidos não basta para ir contra a verdadeira fé. Para o Cristão a fé tem um significado muito importante em sua religião e está vinculada à revelação, aos escritos sagrados e aos que desenvolveram e explicitaram os princípios desta religião. Fé é crença cega em algo, mas esta definição será obviamente recusada por qualquer religioso, que dirá que não, que fé não é crença e sim a manifestação visível de um contato mais íntimo com Deus. Desde cedo, os primeiros padres apologistas vislumbraram claramente que seu grande inimigo não estava nos demais cultos a outros deuses e sim na filosofia, a qual deveria ser combatida. Tivemos aqueles que simplesmente a combateram como o inimigo que fortalecia um outro modo de vida, distinto do cristianismo. Somente aos poucos a estratégia mudou e buscou-se adaptar a filosofia grega e romana ao cristianismo, fazendo dela um aliado subordinado a revelação cristã. Durante o período medieval, ou mesmo antes e após, mas dentro de um pensamento de cunho medieval característico por priorizar o discurso pautado na fé, revelação, textos sagrados e a tradição religiosa cristã, se desenvolveu a problemática da relação entre fé e razão, a qual teve soluções distintas de acordo com o momento histórico e a abordagem dada pelo pensador em questão. Ocorreram diversas tentativas de conciliar a razão com a fé, sendo que sempre a razão se via, se não como serva da fé, ou seja, a razão subordinada a fé cristã, então como independente, mas limitada em relação ao que possa de fato saber, pois, a verdade última encontrar-se-ia além da razão, na fé e na revelação.
Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade. Leia:
"Razão e Fé no pensamento medieval".
Links no site para página de compra de todos os livros do autor.
Links diretos para todos os livros, artigos, textos e vídeos em meu site: https://www.doutorsilverio.com
Link para este vídeo no YouTube: https://youtu.be/yPwrNvCSp10
Nenhum comentário:
Postar um comentário