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Xenófanes de Cólofon ou Jenófanes (570-470/475 a.C.) narrou observações de conchas encontradas em lugares onde não havia água e propôs que em algum momento tudo fora coberto de água e que tudo retornaria para a água, bem como que os seres vivos eram um misto de água e terra, lama. A tradição considera ter Xenófanes nascido na cidade de Cólofon, hoje território da Turquia, e que atuou como um recitador de poemas de cidade em cidade, atividade que conhecemos por “rapsodo”. Teria ele percorrido várias cidades gregas próximas ao mar mediterrâneo e tido uma vida longa, provavelmente chegando aos 95 ou mesmo idade mais avançada. A tradição nos passou que Xenófanes é o mestre de Parmênides, apesar de suas filosofias serem deveras diferentes, incluso aqui a concepção que cada qual possui do ser. Também pela tradição ele foi visto como o primeiro filósofo da Escola Eleática, na Magna Grécia, no entanto, penso que seria mais correto vê-lo como um filósofo independente. Xenófanes aborda a religião pelo prisma da filosofia, defendendo uma reforma religiosa na medida de suas críticas às representações de deuses presentes nos mais diversos povos e religiões. Cabe a este filósofo afirmar a existência de um só deus e que esta divindade não é antropomórfica. Também cabe a ele ser o primeiro a afirmar a unidade, todas as coisas são uma única. Para Xenófanes o princípio é uno, tudo que existe não passa de uma única coisa e este ser uno não é limitado, ilimitado ou móvel. O universo não tem nascimento ou fim / dissolução, sempre existiu e no mesmo lugar. Há com Xenófanes uma negação do devir e do movimento do universo. Também cabe a Xenófanes falar da imoralidade presente aos deuses gregos, de Homero e Hesíodo. Entende que não é possível que os deuses se comportem como seres humanos, com suas fraquezas e forças, pois, não cabe aos deuses serem iguais ou semelhantes aos humanos não somente no tocante ao comportamento, mas também no tocante a aparência externa dos mesmos. Afirma Xenófanes que se fosse possível para outros animais criar cultos para adorar aos deuses, estes seriam representados como leões para aqueles animais que fossem leões, como bois para os animais que fossem bois, ou como cavalos para aqueles que fossem cavalos. Ou seja, cada animal faria um deus igual a si próprio. Se há deuses, estes não seriam iguais a nós humanos, aos nossos costumes, as nossas paixões, a nossa aparência física e a forma como nos portamos ou nos vestimos.
Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade. Leia:
"Xenófanes de Cólofon: A religião pelo prisma da filosofia".
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