Por: Silvério da Costa Oliveira.
Ulrich Zwingli
Ulrico Zuínglio
Ulríco Zwinglio
Hulrico Zuínglio
Hulricus Zvinglius
Huldericus Zvinglius (latim)
Huldrych Zwingli (alemão)
Ulrich Zwingli (1484-1531) nasce em Wildhaus, Cantão de São Galo, nordeste da Suíça e falece aos 47 anos de idade em Kappel am Albis, Suíça. Teólogo e principal líder da Reforma protestante na Suíça, suas ideias vieram a influenciar o Calvinismo. Em 1506 foi ordenado sacerdote e em 1519 foi transferido para Zurique.
O conselho municipal organizou, em janeiro de 1523, um debate público em Zurique sobre as teses defendidas por Zwingli em seus sermões. Nesta ocasião Zwingli apresentou suas ideias sobre teologia nos “67 Discursos finais”. Zwingli adota e desenvolve os princípios e que a autoridade provém somente das Escrituras e que só Cristo salva.
Criticou a prática de venda de indulgências, foi contrário ao celibato, tendo ele próprio se casado em 1524. Em 1522 casou-se secretamente com Anna Reinhard, viúva, e em 1524 publicamente. Anna Reinhard já possuía três filhos do primeiro casamento e teve mais quatro com Zwingli.
Entre 1525 e 1527 entra em conflito com os Anabatistas, pois, estes defendiam o batismo somente em adultos e Zwingli defendia o batismo em crianças. Morreu como capelão das tropas que lutavam contra os católicos.
Escreveu uma vasta obra, que, tendo sido organizada nos anos 90 do século XX tende a ocupar 21 volumes, mas desta vasta obra, sua principal é “Comentário sobre a verdadeira e a falsa religião”, de 1525, bem como, “67 Discursos finais (ou proposições, ou artigos, ou conclusões, ou teses)”, de 1523.
Foi crítico da devoção aos santos e da virgem Maria. Questionou a autoridade dogmática e disciplinar dos concílios e também do papa. Foi contra o culto das imagens. Não entendia a missa como um sacrifício. A missa não é um sacrifício, mas é uma lembrança do sacrifício e garantia da salvação dada por Cristo (sentença 18). Adotava o princípio de que somente a Bíblia possui a doutrina para a salvação, sendo a autoridade máxima em questões religiosas. Defendia que Jesus Cristo é a única autoridade da igreja e que a salvação se opera pela fé. Nega a salvação pelas obras, esta se daria somente pela fé. Nega que haja intercessão de santos. Nega a obrigatoriedade dos votos monásticos. Nega a existência do purgatório. Nega a obrigatoriedade do jejum ou da proibição de comer carne e derivados em determinadas épocas do ano (quaresma). Adotou a língua alemã na liturgia da missa, substituindo o latim. Ao contrário de Lutero, que apesar de não aceitar a transubstanciação do corpo e sangue de Cristo no pão e vinho durante a eucaristia, aceitava a consubstanciação, entendia que a eucaristia era somente simbólica.
Seu pensamento possui fortes traços humanistas e racionalistas, os quais podem ser encontrados ao analisarmos a base de algumas de suas doutrinas, como, por exemplo: a redução do pecado original a um vício hereditário não merecedor de condenação eterna e que não acarreta diminuição das forças éticas do homem; o valor positivo da Lei; a felicidade eterna também é possível de ser obtida pelos sábios pagãos pela prática da lei moral natural. Entendia que o humano possui uma bondade essencial que proporciona a ele não precisar de qualquer coleção de impulsos para ir até Deus, podendo fazê-lo por suas próprias forças.
Após a morte em batalha de Ulrich Zwingli, este foi sucedido na liderança do movimento que criara em Zurique, Suíça, por Heinrich Bullinger e, mais tarde, por João Calvino.
Silvério da Costa Oliveira.
Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.
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